Os representantes do “grupo da morte”, como é designado a série E, são conhecidos hoje e os dois jogos da terceira jornada estão revestidos de elevada expectativa por envolver dois campeões mundiais e dois “super outsiders”. Espanha e Alemanha defrontam Japão e Costa Rica às 21h00 em busca de visto de acesso aos oitavos de final do Campeonato do mundo que decorre em Qatar até 18 do corrente.
Em linha recta estão os campeões mundiais de 2010, primeiros classificados do grupo E com quatro pontos. A verticalidade dos espanhóis no meio campo vai complicar a pressa dos nipónicos. Luis Enrique construiu um grupo que “samba à Barcelona” em consonância com “rock inglês”. O esquema táctico teve efeito positivo na estreia, apesar de redundar em fracasso com os alemães. Hoje, a mesma alteração da velocidade, que provocou “mal-estar” aos costa-riquenhos, pode “envenenar” a defesa japonesa.
Noutro jogo do grupo, a Costa-Rica, terceira classificada com três pontos, tem a oportunidade de experimentar, no Al Bayt Stadium, a mesma ousadia dos asiáticos ante um colosso europeu adormecido. A velocidade dos atacantes, apoiados pelos extremos, podem desbaratar a frágil defesa germânica. Estar acima dos campeões mundiais de 2014 já é motivo de satisfação. A vitória sobre os japoneses na ronda anterior despontou a vontade de permanecer na competição mais mediática do mundo.
Depois de sair do Rio de Janeiro com o troféu na mão, a Alemanha desconhece o caminho para o pódio do campeonato do mundo. A “maldição” adquirida após a goleada aplicada aos brasileiros na final (7-1) de 2014 afastou-a na fase regular do Mundial da Rússia’2018 e pode repetir-se hoje em Qatar’2022. O último lugar no grupo espelha a fragilidade.
O seleccionador alemão terá de encontrar um meio-campo forte para contrapor a força dos laterais costa-riquenhos. É a estratégia mais viável para alimentar a esperança de continuar hospedado num dos hotéis luxuosos de Doha. O contrário é sair mais cedo da capital catarina e regressar a casa com o fracasso consecutivo na bagagem.
