O Governo prevê um aumento do custo de vida para 2023, influenciado pela pressão da inflação a nível internacional. Segundo a proposta de Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) para 2023, a taxa de inflação poderá atingir 11,5% contra 10,7% deste ano.
O alerta foi feito no Parlamento, pelo primeiro-ministro, Adriano Maleiane, que, na ocasião, afirmou que o PESOE para 2023 prevê o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 5%.
O governo, disse Maleiane, elaborou o seu plano e orçamento num contexto internacional fortemente marcado pelas consequências da guerra da Rússia na Ucrânia, pela prevalência de rusgas terroristas na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, e pelo aumento de casos extremos eventos meteorológicos, decorrentes das mudanças climáticas. Tudo isto agravou os já complexos desafios de gestão das finanças públicas moçambicanas.
Maleiane acredita que em 2023 o crescimento económico passará por um maior dinamismo do investimento privado, nomeadamente na agricultura, indústria e construção. Para estimular a economia, o governo pretende colocar à disposição do sector privado oportunidades de negócio avaliadas em 134,2 mil milhões de meticais (cerca de 2,1 mil milhões de dólares, ao câmbio actual) para fornecimento de bens, serviços e investimentos.
“Devido ao crescimento da procura externa, à subida dos preços no mercado internacional e à entrada em funcionamento da plataforma flutuante de gás natural liquefeito (GNL), prevê-se um aumento da exportação de bens e serviços”, disse o primeiro-ministro . Esta seria uma “redução histórica” do défice da balança comercial moçambicana.