Depois de nove clássicos sem vitórias, o Benfica sai do Dragão com um importante triunfo, que lhe permite manter a invencibilidade nesta época e aumentar para seis pontos a vantagem sobre o FC Porto. A equipa azul e branca jogou em inferioridade numérica desde o minuto 27, depois da expulsão de Eustáquio por acumulação de amarelos, e aos 72′ Rafa aproveitou a deixa para fazer o único golo do encontro.
Com este resultado, os encarnados reforçam a liderança da I Liga e passam a somar 28 pontos, mais seis do que o FC Porto, que interrompeu uma série de cinco triunfos seguidos em todas as competições.
Num jogo frenético no Dragão, com o FC Porto a surgir bastante pressionante e a conquistar diversas bolas no seu meio-campo ofensivo.
Uribe e Taremi surgem a alvejar a baliza do Benfica, com Vlachodimos a conquistar protagonismo ao negar o golo ao iraniano, num voo notável, ao minuto 15.
A partir daí, os encarnados assentaram o seu jogo e lançaram-se à baliza de Diogo Costa.
Um primeiro remate de Rafa anuncia o maior dinamismo das águias, contrariado em falta por Eustaquio, que viu o primeiro cartão amarelo, ao minuto 24.
Treze minutos depois, o médio do FC Porto voltou a chegar atrasado a uma discussão de bola com Bah e atingiu o dinamarquês, com o árbitro João Pinheiro a não ter dúvidas e a registar o segundo amarelo e a expulsão de Eustaquio.
Os dragões foram atingidos profundamente na sua estratégia, mas mantiveram a garra em campo.
Do lado dos benfiquistas, a organização da equipa melhorou, com a circulação de bola a permitir chegar à baliza de Diogo Costa com mais frequência, tendo o seu momento mais alto ao minuto 36: Aursnes rompe na área e atira ao poste e na sobra Rafa enviou a bola à trave, em golpe de cabeça.
Para o segundo tempo, e atendendo às emoções da partida, Roger Schmidt fez três substituições, retirando do campo atletas que já tinham sido admoestados com cartões amarelos. Gilberto e Neres foram promovidos a homens de perigo no flanco direito e Draxler entra para a esquerda.
Com menos uma unidade em campo, o FC Porto recuou no terreno, permitindo ao Benfica assumir o jogo, uma iniciativa que se traduziu em domínio territorial das águias, contrariado pela entrada de Veron, que deu vivacidade momentânea ao conjunto de Sérgio Conceição.
Só que uma jogada de contra-ataque do Benfica, conduzida por Rafa, levou Neres a entrar em profundidade e a devolver a bola para o português, que após o domínio da bola rematou para inaugurar o marcador.
Perante um contexto de desvantagem, o FC Porto reagiu, suscitando cautelas e gestão da bola no Benfica. Toni Martínez ainda ameaçou as luvas de Vlachodimos, no maior sinal de perigo da equipa da casa nesses instantes.