Depois da proposta do Embaixador russo de a sua nação vender combustíveis a Moçambique a preços mais baixos mediante pagamento em rublo, o Governo equaciona essa possibilidade tendo em conta os preços altos que se registam no país.
A informação é avançada pelo o O País que cita o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, que falava esta quinta-feira, em Bilene, província de Gaza, no Conselho Coordenador do MIREME, diz que a recente proposta de negócio do embaixador russo será analisada para apurar a sua viabilidade.
“Como sabe, nós vivemos um momento peculiar em que, devido a vários factores, como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, há impactos que têm atingido todo o mundo e, particularmente, nos últimos tempos, temos assistido a um aproximar de posições que talvez providencie combustível a partir da oferta da Rússia e, naturalmente, se há essa oferta, estou certo de que nós vamos verificar e estudar a viabilidade dessa oferta. Se houver viabilidade, com certeza será adquirido”, assegurou Carlos Zacarias.
Na verdade, segundo o Regulamento sobre os Produtos Petrolíferos, “em determinadas circunstâncias e para a defesa dos interesses económicos do país, o ministro que superintende a área de Energia pode, mediante concordância do ministro que superintende a área das Finanças, designar uma distribuidora devidamente licenciada para efectuar a importação dos produtos petrolíferos, no mercado internacional ou ao abrigo de acordos e/ou protocolos celebrados entre o Executivo moçambicano e os Governos de outros países. Trata-se de um instrumento legal que pode ser aplicado no contexto em que o país vive.
Em relação a novas mexidas dos preços de combustíveis a nível nacional, Carlos Zacarias diz haver possibilidade de subidas, mas tudo depende das variações no mercado internacional.
“Relativamente à mexida dos preços de combustíveis, tem a ver com factores como a sua variação no mercado internacional. Se essa variação for acima do nível pré-definido, aí poderá haver lugar para uma mexida nos preços dos combustíveis. Se houver mexidas em termos de subida ou descida dos preços, naturalmente, isso terá, num período pré-determinado, consequências no país”, alertou.
O ministro falava à margem do VII Conselho Coordenador do Ministério dos Recursos Minerais e Energia.