Tem sido notícia o facto de a Eni, major italiana que detém a plataforma de FLNG que já está em águas territoriais moçambicanas e que irá começar a exploração de gás na Área 4 do Rovuma em Outubro, estar a pensar em implementar uma nova plataforma flutuante de produção de gás natural na Bacia do Rovuma, sendo que, para tal, decorrem actualmente estudos conceptuais do projecto, segundo revela a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).
De acordo com o PCA ENH, Estevão Pale, já há várias empresas italianas interessadas em investir em projectos de exploração de gás em Cabo Delgado. “Os parceiros, neste caso, os italianos, têm estado a falar na possibilidade de poderem trazer uma nova plataforma, mas este é um assunto que ainda numa fase de estudo conceptual, não há nenhuma aprovação. São apenas ideias e está-se a estudar, analisar os projectos e apurar os prós e contras. Também do nosso lado temos de ver que benefícios advirão. É claro que há oportunidades, o mercado abriu-se por causa da situação de guerra na Ucrânia, há necessidade de gás para a Europa e nós pensamos que Moçambique deve aproveitar esta oportunidade”, explicou Estevão Pale, citado pelo O País.
No que concerne aos projectos em curso, Pale refere que o maior problema do País está na busca de financiamento a custo mais barato para assegurar, de forma independente, a participação da ENH nos projectos.
“Como vocês sabem, a ENH participa na Área 4 com 10% e na Área 1 com 15% e, neste momento, está a ser carregada pelos parceiros. É claro que estes financiamentos são bastante caros e nós temos estado a trabalhar no sentido de procurar alternativas para refinanciar a sua participação. Agora, projectos adicionais significam um esforço adicional para a ENH, em termos de procura de fontes alternativas para poder face à sua participação nestes mesmos projectos”, salientou o PCA.
Actualmente, e ainda segundo o dirigente, os projectos em curso na Bacia do Rovuma exploram abaixo de 10% das reservas já aprovadas.
O primeiro Gás Natural Liquefeito da Bacia do Rovuma começa a ser exportado em Outubro deste ano, e o projecto estreante, denominado Coral-Sul, é liderado pela empresa italiana Eni.