Uma equipa de verificação está a trabalhar em Cabo Delgado com vista a apurar as condições de segurança necessárias para a retoma do projecto de exploração de gás da Bacia do Rovuma, liderado pela Total.
O Diário Económico, avança que a garantia foi dada na semana passada na província de Inhambane, pelo ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, avançando que o desejo do Governo é ver retomadas, o mais breve possível, as operações das concessionárias.
“A situação de segurança na área onde vai ser implementado o projecto da Total e da ExxonMobil, no nosso entender, melhorou bastante. Naturalmente que antes da retoma das actividades há todo um cuidado a observar por parte das empresas que vão executar os investimentos”, disse.
O ministro deslocou-se à província de Inhambane no quadro da monitoria do Programa Quinquenal do Governo (PQG), concretamente na área de petróleo e gás, energia e ainda das minas. Carlos Zacarias disse que, não obstante o Governo considerar as condições para a retoma do projecto como estando a melhorar, compete à empresa verificar se, sob o seu ponto de vista, existe ambiente para voltar a desenvolver a sua actividade.
A restauração da segurança no distrito de Palma abriu espaço para o regresso da população e a retoma de algumas actividades económicas.
Segundo o governante, do mesmo modo que a população está gradualmente a regressar, na sequência da melhoria das condições de segurança, os empreendimentos económicos também o podem fazer. Lembrou que não foi apenas o projecto da Total que ficou paralisado por força maior, mas também muitos outros, como os das estradas que estavam em construção em diferentes zonas.
Em Abril do ano passado, a multinacional Total anunciou a retirada, em Afungi, de todo o pessoal do Projecto Mozambique LNG, alegando motivo de força maior.
O projecto Mozambique LNG offShore, avaliado em cerca de 20 mil milhões de dólares, tem por objectivo viabilizar a exploração de 13,12 milhões de toneladas de gás recuperável em 25 anos e gerar lucros de 60,8 mil milhões de dólares, dos quais metade para o Estado moçambicano.
A Total E&P Mozambique Área 1 Limitada, subsidiária detida integralmente pela Total SE, opera o projecto Mozambique LNG, com um interesse participativo de 26,5%, juntamente com a ENH Rovuma Área Um, S.A. (15%), a Mitsui E&P Mozambique Área 1 Limited (20%), a ONGC Videsh Rovuma Limited (10%), a Beas Rovuma Energy Mozambique Limited (10%), a BPRL Ventures Mozambique B.V. (10%) e a PTTEP Mozambique Área 1 Limited (8.5%).