A prova de vida nas FADM detectou a existência de cerca de sete mil militares fantasmas nas fileiras das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) cujos salários eram canalizados para os altos quadros das FADM.
Segundo escreve a Carta, trata-se de um escândalo que envolve altos quadros das FADM que, nos próximos dias, terão de responder diante da Justiça Militar. As fontes asseguram que a prova de vida terá sido feita para verificar as razões por detrás do défice de efectivo, no momento de rendição das subunidades que se encontram no Teatro Operacional Norte (TON).
A Carta avança ainda que não conseguiu apurar quanto terá saído dos cofres das FADM para pagar os sete mil militares fantasmas. No entanto, sabe-se que os Comandantes das Unidades em que foram detectados militares fantasmas terão de responder à Justiça Militar.
Devido a esta situação, o salário do mês de Abril acabou atrasando, causando pânico e revolta por parte dos militares. Até ao meio-dia desta terça-feira, parte significativa dos militares, incluindo os que fizeram a prova de vida, ainda não haviam recebido os seus salários do mês de Abril. Porém, relatam-se casos de militares que receberam seus ordenados sem terem sido submetidos à prova de vida.
Informações não confirmadas indicam que o Chefe do Estado-Maior General das FADM, o Almirante Joaquim Rivás Mangrasse, ordenou o uso do sistema e-Sistafe para o pagamento de salários a partir do presente mês, como forma de evitar o pagamento de salários fantasmas.
