O Secretário de Estado do Desporto, Carlos Gilberto Mendes, acha estranho o desaparecimento da relva sintética no Estádio Nacional do Zimpeto e mostra-se céptico em relação a recepção da mesma e diz que “gostaria de ver a ordem de entrega, de recepção, se entrou mesmo ou não entrou, se foi desviado ou não”.
Gilberto Mendes diz que não pode falar com certeza se houve ou não roubo, porque não tem informações da entrada da referida relva sintética. “Posso falar daquilo que entrou. Daquilo que não entrou não posso falar. Se houver alguma prova de que entrou relva sintética nesse número e que depois desapareceu, as instâncias próprias irão tomar contas. Mas acho estranho que eu esteja a ter a informação do desaparecimento dessa quantidade de relva através da comunicação social”, escreve o País.
Aliás, segundo o Secretário de Estado do Desporto, é estranho que desapareçam quantidades elevadas de material sem que ninguém tenha-se apercebido. Para Gilberto Mendes, que confirmou que foram oito rolos de relva (cada rolo tem meia tonelada), o que perfaz quatro toneladas, “é preciso saber quem é que vende esses materiais para procurarmos saber quem são os clientes e quem pode ter comprado”, ou seja, “não se rouba quatro toneladas como se rouba uma caneta”.
“Se alguém tirou quatro toneladas de relva sintética tem que ter tirado a vista de todos. Não se roubam quatro toneladas em segredo. Então, se ninguém viu, é estranho, muito estranho. Para além de que temos sistema de CCTV no local… é muito estranho”, declara Gilberto Mendes totalmente espantado.
Mas uma certeza existe: “nós é que desalfandegamos aquele material”, confirma e questiona: “parte daquele material e outro que está na Namaacha, que ficou anos e anos sem ser desviado. O que se passou para ser desviado agora?”.
Aliás, uma questão pertinente é feita por Gilberto Mendes em relação a esta situação: “o “Zimpeto” não leva relva sintética, mas sim relva natural, portanto, para o material estar ali é preciso entender as zonas todas de penumbra que estão a acontecer”.