Empresas petrolíferas que operam no país dizem estar a ficar sem capacidade para importar combustíveis devido aos preços baixos praticados no país, face ao aumento dos preços que se regista no mercado internacional, ao qual se acrescenta a dívida de cerca de 120 milhões de dólares que o Estado tem para com elas.
E pedem um reajuste dos preços que, no entanto, poderá agravar o custo de vida em Moçambique.
Michel Amade, presidente da Associação Moçambicana de Empresa Petrolíferas (Amepetrol) disse em conferência de imprensa em Maputo que o aumento do preço do barril de petróleo para a casa dos 110 dólares faz com que a estrutura de preços de combustíveis no país esteja desajustada com a que é praticada na região.
O presidente da AMEPETROL, afirmou ainda que das trinta empresas gasolineiras associadas apenas dezasseis estão activas, enquanto que as restantes pararam de importar combustíveis ou o fazem com dificuldades.
Na ocasião, Ussene afirmou que o reajuste do preço de combustíveis no mercado nacional deve ser feito em menos de 30 dias e visa reflectir o custo dos produtos no mercado internacional, que actualmente é bastante elevado e fazer face às dívidas do Estado em subsídios às petrolíferas.
“A situação financeira das empresas vai piorar, por isso, apelamos ao Governo para encontrar um mecanismo de ajuste do preço de uma forma gradual com benefícios para as gasolineiras, consumidores, a economia, bem como a competitividade do mercado moçambicano. Antevemos um mês de Maio muito complicado”, afirmou.