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EDM regista 1,4 mil milhões de Meticais em prejuízos devido a vandalizações e roubo de energia

A empresa Electricidade de Moçambique (EDM) revelou estar a somar avultados prejuízos devido ao roubo e vandalização das suas infra-estruturas em quase todo o país, só este ano  já foi registado um prejuízo de pouco mais de 15 milhões.

Falando em conferencia de imprensa, Amilton Alison, director de protecção de receitas e controlo de perdas da EDM, disse que a empresa tem estado a experimentar nos últimos anos, um crescente número de vandalização das infra-estruturas, onde são destruídos postos de transformação, armários, roubo de cabos de fornecimento de energia eléctrica para fins desconhecidos.

Segundo dados da empresa as perdas por vandalização de equipamentos e roubo de energia aumentaram ao longo dos últimos três anos, em 2019, teve uma perda de 112 milhões de Meticais; em 2020, reduziu para 94 milhões e, em 2021, subiu para 126 milhões de Meticais, valor que outrora poderia ser usado para massificar a electrificação de Moçambique.

“No que diz respeito à vandalização das infra-estruturas, nós temos uma média anual de prejuízos que rondam nos 120 milhões de Meticais. A tendência é crescente. Tivemos um pequeno abaixamento em 2020 devido às limitações de circulação devido à COVID-19, mas, já no ano seguinte, em 2021, esses números voltaram a disparar e, este ano também, os números já estão elevados. Só agora em 2022, já temos prejuízos à volta de 15 milhões de Meticais”, explicou Alissone.

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Trata-se de um problema que impossibilita a firma de expandir a rede pública de distribuição para mais famílias, num contexto em que, segundo o Presidente do Conselho de Administração da EDM, há muita gente no país ainda sem luz.

“A nossa meta é o acesso universal à energia para todos os moçambicanos até 2030, numa altura em que a taxa de acesso através da rede nacional é de 39 por cento, cobertura correspondente a apenas 12 milhões de moçambicanos, ou seja, ainda há muito trabalho por se realizar”, referiu o Presidente do Conselho de Administração da Electricidade de Moçambique, Marcelino Gildo, citado pelo O País.