Desporto Clubes do Moçambola defendem prémio de 6 Milhões ao vencedor

Clubes do Moçambola defendem prémio de 6 Milhões ao vencedor

Os clubes da primeira divisão nacional de Futebol, Moçambola, defendem a subida do prémio do vencedor da prova para seis milhões de meticais, em detrimento actuais seiscentos mil.

Os mesmos alegam que os actuais 600 mil meticais, não justificam o investimento que os clubes fazem ao longo da época e que com a eventual subida pretendida, a prova pode ganhar prestígio.

Esta insatisfação foi tornada pública durante a Assembleia-Geral da Liga Moçambicana de Futebol, que realizou-se na última terça-feira, 26 de Abril, na Sede da Federação Moçambicana de Futebol.

A primeira colectividade a trazer o assunto na Assembleia-Geral da Liga Moçambicana de Futebol foi a Black Bulls, campeão nacional em título, através do seu presidente, Juneid Lalgy, que considera que o prémio não dignifica o campeonato nacional. “A questão fundamental é tentar valorizar o campeão nacional e o campeonato. São pequenos detalhes que temos que tomar atenção para que venham a valorizar a própria competição”, começou por dizer Lalgy.

Para o presidente e fundador da Associação Black Bulls, “não faz sentido que a Taça do Moçambola seja igual à taça dos torneios recreativos ou de outras modalidades como o boxe e outras e o custo da taça do Moçambola seja de 12.500 Meticais”, numa alusão ao facto de a taça similar ter sido entregue ao vencedor do campeonato provincial da Cidade de Maputo, mas também ao vencedor do campeonato regional de Boxe.

Aliás, Lalgy diz mesmo que até as medalhas que são entregues ao campeão nacional não são de todo dignas e, por isso mesmo, reitera que “se quisermos dar alguma dignidade à nossa competição, é possível melhorar este valor”. Mas para Juneid “não pelo valor em si que possa resolver os problemas dos clubes, mas pelo prestígio acrescido que dá à competição”.

Por seu turno, o Director Desportivo da União Desportiva do Songo, Cláudio Tonetti, argumenta, referindo que:

“Não é uma premiação, nos dias de hoje, que podemos considerar boa, porém a Liga leva este TPC de melhorar a premiação. É isto que vamos esperar que a Liga faça e cheguemos a uma premiação mais satisfatória para todo o mundo”.

Esta posição foi defendida pelo anterior campeão nacional, Costa do Sol, na voz do seu vice-presidente, Jeremias da Costa, vais mais afundo explicando que: “não faz sentido que uma prova como o Moçambola, de um campeão que vai participar das competições africanas, receba como prémio um valor de 600 mil Meticais, o Costa do Sol, quando esteve a participar das eliminatórias da Liga dos Campeões, só a ida ao Zimbabwe para essa eliminatória, gastou cerca de seis a sete milhões de Meticais. a nossa ideia é que se suba o valor para 10 vezes mais, em vez de receber 600 mil Meticais, passe a receber seis milhões de Meticais. Isso iria justificar o investimento que os clubes fazem para a realização da prova” disse.

Já, o Director Desportivo do Ferroviário de Nacala justifica que a eventual subida do prémio do campeão nacional, pode dar mais prestígio ao próprio atleta.

” O prémio devia ser mais elevado para procurar galvanizar o próprio atleta moçambicano” disse.

Umas das outras questões abordadas pelos clubes, é sobre a implementação do prémio de melhor em campo nas partidas do Moçambola.