Sociedade Indivíduos detidos após tentativa de golpe de três milhões de meticais

Indivíduos detidos após tentativa de golpe de três milhões de meticais

Quatro indivíduos, em conexão com funcionários bancários, estão detidos desde na 2ª Esquadra da PRM, na cidade de Maputo. A quadrilha pretendia retirar mais de três milhões de meticais numa das agências bancárias com recurso a documentos falsos. 

Trata-se de uma mulher e três homens (outros encontram-se foragidos), com ligações a funcionários bancários, que facilitavam o acesso a documentos originais, falsificando-os para retirar somas avultadas das contas de pessoas que não fazem movimentos bancários há anos.

A quadrilha foi detida quando estava prestes a levantar o valor, mas o banco apercebeu-se da tentativa de fraude e contactou a Polícia da República de Moçambique (PRM).

“Eu fiz da primeira vez sem nenhum conhecimento. Eles disseram-me que os funcionários já sabiam de todo esquema e que apenas deveria entregar os documentos ao banco. Estou presa porque o meu vizinho ligou-me, falando de um trabalho do qual deveria ganhar 30 mil meticais. Eles entregaram-me tudo já feito”, explicou a mulher de 38 anos.

O filho da mulher detida diz que está envolvido no esquema porque a mãe vendeu o seu cartão electrónico para um burlador, usando-o para fazer depósito do dinheiro retirado das contas alheias.

Recomendado para si:  Moçambique reforça estratégia nacional para reduzir acidentes nas estradas

“A minha mãe, que já estava metida nesses negócios, contactou-me porque precisava de um cartão, ajudei-a de boa-fé. Dei o cartão para vender a esse tal burlador. Entretanto, sempre que ele depositasse algum valor recebia o alerta no meu telemóvel. Primeiro teve um carregamento de 119 mil meticais e o cartão ficou retido no banco, contou, para depois prosseguir.

“Daí ligou-me e disse que tinha de recuperar o cartão. Fui ao banco com um amigo e pedimos o impresso para transferir o dinheiro para uma outra conta. Duas semanas depois o agente bancário ligou-me e disse que deveria dirigir-me à agência, onde viria a saber que se tratava de um valor rastreado”, referiu.

O porta-voz da PRM, na cidade Maputo, Leonel Muchina, confirma a apreensão. “O grupo é indiciado no crime de fraude relativo aos instrumentos e canais de pagamento electrónicos, que é uma forma de manuseio de contas bancárias dos proprietários que já não movimentam a conta há muito tempo”, apontou.

Muchina refere ainda que existem mais integrantes desta quadrilha. “Quando tentávamos deter os mesmos conseguiram fugir e detivemos apenas essa senhora”.