Diante do surto de covid-19, Hong Kong está em “modo de combate”, declarou no domingo (20) uma autoridade da cidade, um dia após a chegada de reforços da China para construir dois centros de quarentena para pessoas portadoras do vírus.
A cidade, uma das mais densamente povoadas do mundo, enfrenta a pior onda de covid-19 desde o início da pandemia com milhares de contaminações registradas todos os dias.
Assim como na China continental, Hong Kong adere à estratégia de “covid zero”, que impediu em grande parte a propagação do vírus, mas isolou o centro de negócios do resto do mundo.
Porém, desde o surgimento da variante altamente contagiosa ômicron, as autoridades foram pegas de surpresa, principalmente devido à baixa taxa de vacinação entre os idosos e à falta de antecipação para lidar com esse surto epidêmico.
No sábado, a chefe do Executivo, Carrie Lam, anunciou que a China State Construction International Holdings, a maior empresa de construção de Hong Kong, iniciará os trabalhos de construção de duas instalações temporárias para abrigar cerca de 10.000 pessoas em isolamento.
Lam também anunciou que hotéis serão convertidos em centros de quarentena para acomodar cerca de 20.000 pessoas. Seu vice, John Lee, escreveu em seu blog oficial neste domingo que o governo está “em modo de combate”.
As autoridades parecem ter redobrado seus esforços para conter a pandemia depois que o presidente chinês, Xi Jinping, pediu na semana passada que Hong Kong tomasse “todas as medidas necessárias”.