Por outro lado, o relatório denuncia que, apesar das melhorias no parâmetro de liberdade de reunião, a Ucrânia continua a mostrar muitas fragilidades no seu regime político, sendo, tal como a Rússia, classificada como país não livre.
O documento aponta a corrupção como um dos mais preocupantes problemas no regime ucraniano, dando o exemplo da falta de transparência na acusação judicial contra o ex-Presidente Petro Poroshenko.
Também a Bielorrússia, aliada do Kremlin no conflito contra a Ucrânia, é apontada como um dos países que perdeu mais pontos em vários parâmetros da tabela de avaliação de liberdade e democracia.
O relatório aponta ainda o regime do Presidente russo, Vladimir Putin, e o de Lukashenko como exemplos de autoritarismo que subsiste em parte devido aos processos de violenta repressão sobre os movimentos de oposição, evitando ser confrontados em eleições livres e independentes.
Em 2021, apenas duas em cada 10 pessoas no mundo viviam em países não livres ou parcialmente livres, e as autocracias estão a ganhar terreno às democracias, conclui o relatório Liberdade no Mundo 2022.
O relatório anual da organização Freedom House mostra que a liberdade global está sob grave ameaça, havendo mais países a abandonar o lote de regimes democráticos e a revelar sinais de autocracias.
No momento de escalada de tensão entre a Rússia e a Ucrânia, com acrescidos receios de uma invasão russa na região do Donbass, o relatório anual da organização Freedom House revela que a posição de força do Kremlin sobre os países vizinhos, anteriormente observada, agravou-se em 2021.