Oficialmente há mais de 12.000 pessoas em prisões e centros de detenção da Líbia e outros milhares são mantidos ilegalmente e muitas vezes em “condições desumanas” em instalações secretas, revela novo relatório da ONU.
O secretário-geral António Guterres realçou que a missão da ONU na Líbia (UNSMIL) continua a documentar casos de detenção arbitrária, tortura, violência sexual e outras violações do direito internacional em instalações geridas pelo governo e outros grupos, segundo o relatório citado na segunda-feira (17) pela agência Associated Press (AP).
O diplomata português destacou que os milhares de detidos que não aparecem nas estatísticas oficiais fornecidas pelas autoridades líbias – mais de 12.000 – são incapazes de contestar a base legal para a sua detenção.
O responsável da ONU explicou que a UNSMIL relatou casos destes na prisão de Mitiga e em vários centros de detenção geridos pela Direção de Combate à Migração Ilegal em Al-Zawiyah e em redor da capital Trípoli.