Sociedade Tornou-se mais caro morrer em Maputo

Tornou-se mais caro morrer em Maputo

O aumento significativo de custos e taxas para toda uma gama de serviços funerários está a gerar muita contestação. Receia-se que cresça o número de corpos não reclamados pelos familiares, depositados na vala comum.

Uma postura camarária, cuja aprovação foi viabilizada, na quarta-feira (04.08), pela bancada maioritária do partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), prevê um agravamento das taxas aplicadas pelos diversos serviços nos cemitérios da capital.

Os aumentos dos preços coincidem com o crescimento do número de mortos devido à Covid-19 e o aumento do desemprego, por causa do encerramento de muitas empresas.

O valor da reserva de espaço para enterrar um cadáver, atualmente fixado em 1.500 meticais, o equivalente a cerca de 20 euros, aumenta três vezes mais. Já o valor pago pela cremação de um cadáver aumenta 10 vezes, passando para 5.000 meticais, o equivalente a 67 euros.

Quem quiser depositar o seu ente querido num jazigo terá de desembolsar 10.000 meticais, ou 135 euros, o dobro do valor atual.

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Os agravamentos das taxas estendem-se à aquisição da chapa de identificação das campas e seu revestimento, a exumação de corpos, e outros serviços.