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Protestos pelos direitos dos povos indígenas deixou a estátua de Pedro Álvares Cabral incendiada

A estátua do navegador português Pedro Álvares Cabral, considerado o descobridor do Brasil, foi incendiada na madrugada da terça-feira, no Rio de Janeiro, em protesto pelos direitos dos povos indígenas.

Além de incendiado, o monumento foi ainda grafitado. Além dos danos causados, de acordo com a Globo, havia no local cartazes com a frase “Marco Temporal é genocídio. Projeto de Lei 490 não”.

Em causa estão vários diplomas, em análise no Congresso brasileiro e no Supremo Tribunal Federal, que podem retirar direitos aos povos nativos do Brasil.

Já o “marco temporal” é uma polémica tese que defende que os povos indígenas brasileiros só podem reivindicar terras onde já viviam em outubro de 1988, dia em que entrou em vigor a atual Constituição do Brasil, algo que também está a ser analisado pelo Supremo.

No Twitter, a conta ‘Marco Temporal Não’ partilhou várias fotos do ato de vandalismo. “Queimamos a estátua de Cabral para destruir tudo que ele simboliza ainda nos dias atuais, em protesto contra o Marco Temporal e o genocídio indígena continuado”, argumentaram os manifestantes.