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Isaura Nyusi defendeu atenção especial à infância para reduzir altas taxas de desnutrição crónica

As taxas de desnutrição crónica continuam altas e inalteráveis há mais de duas décadas, no país, atingindo 43 por cento das crianças com menos de cinco anos de idade, facto que exige atenção especial à área da infância, disse a esposa do Presidente da República, Isaura Nyusi.

Dados do sector da Saúde indicam que uma em cada duas crianças sofre de desnutrição crónica e somente 35 por cento dos menores entre nove e 11 anos têm uma frequência alimentar mínima. Por outro lado, apenas 69 por cento da camada têm introdução atempada de alimentos complementares.

Para Isaura Nyusi, estes factores exigem esforços redobrados do Governo e de toda a sociedade, pois somente assim será possível alcançar um país com crianças saudáveis e inteligentes, os futuros adultos.

Intervindo, no distrito de Matutuíne, província de Maputo, no lançamento da Semana Mundial do Aleitamento Materno, a Primeira-dama destacou que apesar dos números elevados de crianças com desnutrição crónica, houve um aumento da taxa de aleitamento materno exclusivo, de 43 para 55 por cento em 2015.

Acrescentou que o início do aleitamento materno na primeira hora, igualmente, aumentou de 69 para 77 por cento, no período em análise.

A esposa do PR destacou que o Governo está a implementar diversos programas em prol da saúde materno-infantil, com destaque para os grupos de apoio à amamentação na comunidade, a iniciativa hospital amigo da criança e a participação do homem na consulta pré-natal.

“A Semana Mundial do Aleitamento Materno centra-se na forma como o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebé contribui para a sobrevivência, saúde e bem-estar de todos e no imperativo de proteger a amamentação em todo o mundo”, referenciou.

Por sua vez, a chefe da Secção de Saúde e Nutrição da Criança, no Fundo Internacional de Emergências das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Maureen Gallegher, destacou que oaleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida, para além de ser gratuito, contribui para redução da mortalidade infantil causada por infecções respiratórias agudas, diarreias, pneumonias e problemas gástricos e intestinais.

“Já para as mães, contribui para a redução do Cancro do Ovário e da mama”, alertou, acrescentando que as mães devem amamentar os filhos mesmo apresentando sintomas da Covid-19 ou se estiverem infectadas, observando as medidas de prevenção da doença.

Gallegher defendeu que a melhoria das taxas e práticas de amamentação requer acção por parte de vários actores, incluindo o Governo, as instituições de saúde, os profissionais de saúde e as instituições empregadoras

“O Governo deve implementar o Código Nacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno através de medidas legais aplicadas e monitorizadas pelos profissionais de saúde e das unidades sanitárias”, disse a dirigente.