Após sete meses de greves, a central sindical guineense convocou para quarta-feira uma megamanifestação nacional contra as medidas do Governo. O povo paga mais impostos e os governantes recebem “subsídios milionários”.
A União Nacional de Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG) marcou um protesto para esta quarta-feira (14.07), por não conseguir “resolver os problemas com o Governo”. O lema da manifestação é contra a “vida cara e impostos abusivos”.
A principal central sindical guineense tem convocado, desde dezembro, ondas de greves gerais na função pública, para exigir do Governo, entre outras reivindicações, a exoneração de funcionários contratados sem concurso público, melhoria de condições laborais e o aumento do salário mínimo dos atuais 50.000 francos CFA (cerca de 76 euros) para o dobro.
Vão protestar também contra a criação dos chamados impostos milionários que os titulares dos órgãos de soberania passaram a receber desde que o povo paga mais impostos. Vários cidadãos dizem que a vida é mais cara e não veem benefícios dos novos impostos, que apenas servem para “sustentar a vida de luxo dos dirigentes”, disse Armando Lona, docente da Universidade Amílcar Cabral, que está a apoiar a campanha da central sindical nas redes sociais.