Conselheiro da chanceler alemã Angela Merkel diz que quem não vacinar-se contra o coronavírus poderá gozar de menos liberdades. Críticos a tais medidas argumentam que equivalem a um ataque às liberdades civis.
Helge Braun, chefe de Gabinete da chanceler alemã Angela Merkel, disse ao jornal alemão “Bild am Sonntag” que poderá ser negada a entrada em bares, cinemas ou eventos desportivos na Alemanha às pessoas não vacinadas contra a Covid-19.
O início de uma quarta vaga do coronavírus “não seria sem consequências”, disse o político democrata-cristão de 48 anos à edição de domingo do popular tablóide.
“Se tivermos uma elevada taxa de infeção, então os não vacinados terão de reduzir os seus contactos”, disse ele. “E isso pode significar que certas opções como restaurantes, cinemas e visitas a estádios, mesmo para pessoas não vacinadas que tenham sido testadas, deixariam de ser possíveis, porque o risco para todos os outros é demasiado elevado”, afirmou.
Braun, que também é médico, disse que outro “lockdown” completo pode ser evitado na Alemanha se demonstrar-se que as vacinas funcionam bem contra a Variante Delta do coronavírus.
Ele exortou aqueles que ainda não receberam uma vacina que o façam.
“A vacinação protege 90% de uma infeção grave pelo coronavírus”, disse ele, “e aqueles que tiverem sido vacinados terão definitivamente mais liberdade do que aqueles que ainda não foram vacinados”.