As autoridades iraquianas exumaram os restos mortais de 123 pessoas enterradas numa grande vala comum, aberta pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) a oeste de Mossul, para identificação dos corpos.
“Foram exumados os restos mortais de 123 pessoas que se encontravam na vala comum, descoberta em 2017 e onde se estima que estejam enterrados cerca de 500 corpos de vítimas do Estado Islâmico”, disse a responsável do Governo Iraque Diaa Karim aos jornalistas, citada pela agência espanhola EFE.
A responsável acrescentou que “esses restos mortais pertencem às vítimas que foram mortas pelo grupo terrorista do Estado Islâmico quando controlava Mossul em 2014”.
Os corpos pertencem a civis muçulmanos xiitas, que foram presos e executados na prisão de Badush, uma região localizada a cerca de 25 quilómetros a oeste de Mossul, e que então tinha a segunda maior prisão do Iraque.
Diaa acrescentou que as equipas iraquianas responsáveis pela exumação dos corpos “não podem terminar o trabalho sem a ajuda de especialistas internacionais “devido ao terreno difícil e às águas subterrâneas encontradas em algumas áreas da sepultura”.
Já o diretor do Departamento de Medicina Legal da província de Nínive, Hasan Waziq, disse, no encontro com os jornalistas, que o Governo vai levar a cabo um plano para “facilitar a entrega dos restos mortais às famílias das vítimas assassinadas”.
“Para isso, destacou, é preciso primeiro fazer testes de ADN e compará-los com os dos familiares das vítimas. Os restos do túmulo de Badush pertencem a pessoas de diferentes províncias do Iraque, a maioria deles prisioneiros do Estado Islâmico e funcionários de prisões de ambos os sexos”, referiu Waziq.