Um taxista da Floria, que acreditava que o vírus SARS-Cov-2 era uma mentira, perdeu a mulher para a doença. Brian Lee Hitchens chegou a dar entrevistas, em julho, já no hospital, como exemplo do perigo da desinformação. A mulher, na altura, estava ventilada.
O norte-americano continuou a trabalhar como taxista e ia buscar os medicamentos da mulher, que sofria de asma, sem observar as medidas de higiene e segurança.
Ambos foram hospitalizados, mas Erin, de 46 anos, ficou em estado grave e teve que ser colocada nos cuidados intensivos. Morreu este mês, devido a problemas cardíacos causados pelo vírus, de acordo com a BBC.
O homem disse à mesma estação que “gostava de ter dado ouvidos no início” e que esperava poder ser perdoado pela mulher. “Isto é um vírus real que afeta as pessoas de forma diferente. Não posso mudar o passado. Só posso viver no presente e fazer melhores escolhas para o futuro”, disse.
“Ela já não está a sofrer, está em paz. Há períodos em que sinto a falta dela, mas sei que ela está num lugar melhor”, acrescentou.
Em julho, Brian admitiu que nem ele nem a mulher tinham opiniões formadas sobre a pandemia, e então iam seguindo aquilo que liam na internet. “Pensámos que o governo estava a usar isto para nos distrair, ou que tinha a ver com o 5G”, explicou. Porém, depois de ficarem ambos doentes, Brian recorreu ao Facebook para explicar que tinha sido ludibriado pelo que tinha lido online.