A Otan está buscando detalhes sobre a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reduzir o número de soldados americanos na Alemanha, disse o secretário-geral da Otan Jens Stoltenberg na terça-feira 16, depois que a redução proposta pegou aliados de surpresa.
Trump, que criticou a Alemanha por não gastar mais em defesa, confirmou na segunda-feira os relatórios da semana passada sobre um corte de 9.500 soldados na que pode ser a primeira vez que o presidente dos EUA realiza ameaças para reduzir o apoio na Europa.
“Ainda não está decidido como e quando essa decisão será implementada”, disse Stoltenberg em entrevista coletiva em vídeo.
“É um acordo bilateral entre os EUA e a Alemanha, mas é claro que importa para toda a aliança”, disse Stoltenberg. Ele disse que disse a Trump que as tropas americanas na Europa não estavam apenas protegendo o território, mas permitindo que os Estados Unidos projetassem poder além do continente.
Na semana passada, uma autoridade dos EUA disse que a decisão decorreu de meses de trabalho e não teve nada a ver com as tensões entre Trump e a chanceler alemã Angela Merkel, que frustraram seu plano de sediar uma cúpula do Grupo dos Sete.
Os Estados Unidos ainda não informaram seus aliados da Otan sobre a decisão, mas podem usar uma reunião de ministros da Defesa da Otan na quarta e quinta-feira, via link de vídeo, disseram dois diplomatas da Otan.
Embora os Estados Unidos retenham cerca de 50.000 militares na Europa, o general aposentado dos EUA Ben Hodges, que comandava as forças do exército americano na Europa, descreveu isso como um “erro colossal”.
“Se eles continuarem com isso, os danos ao relacionamento entre a Alemanha e os Estados Unidos seriam significativos”, disse ele à Reuters