Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Guiné Bissau estão em estado de emergência com fortes medidas de restrições na circulação de pessoas.
Angola, com duas mortes e cincos casos de infecções pela Covid-19, mobilizou as forças armadas e a Polícia Nacional para fazer cumprir a ordem de quarentena obrigatória. Paolo Balladelli Coordenador residente da ONU em Angola fez saber que todos os recursos já disponíveis no país vão ser canalizados para apoiar no combate à Covid-19.
A região da Lunda Norte será, igualmente, contemplada com parte do fundo do Plano de Resposta Humanitária, criado pelas Nações Unidas para proteger milhões de refugiados, e reduzir a disseminação do vírus no mundo.
Em todo continente somam-se mais de 4.800 casos activos, cento, 52 mortes e 340 recuperações.
O norte e sul de África registam o maior número de casos activos e a África do Sul, com mais de 1.300 casos é o centro da pandemia no continente africano.
Em Cabo Verde com seis casos activos, todas as ligações entre ilhas, aéreas e marítimas, de passageiros continuam proibidas pelo decreto-lei que regulamenta o estado de emergência.
Em Moçambique o presidente Filipe Nyusi decretou, esta segunda-feira, também o estado de emergência. Em São Tomé o governo quer que este se estenda por mais 15 dias.
Com a situação a agravar-se no continente africano – na Argélia há mais de 500 casos activos e no Egipto mais de 460 – é preciso adoptar novas medidas mas para Djamila Cabral, representante da Organização Mundial de Saúde, a implementação de modelos de contenção, que resultaram em outros continentes, pode não funcionar nos países africanos.
Djamila Cabral é da opinião de que África tem um contexto bastante específico, como por exemplo a pobreza, as questões socioculturais, uma forma de socialização muito especial, e por isso as medidas necessárias para combater a pandemia da Covid-19 vão ter consequências diferentes nas famílias africanas.
Entretanto, o presidente da comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamatt, anunciou recentemente a criação do fundo africano anti-Covid19, avaliado em 11,6 milhões de euros, para apoiar os países africanos na luta contra a propagação da pandemia.