Sociedade Polícia deteve cinco suspeitos de tráfico humano no centro do país

Polícia deteve cinco suspeitos de tráfico humano no centro do país

As vítimas eram dois menores, um dos quais albino, e parte dos cinco suspeitos são os pais das crianças, além de dois intermediários, avançou Mateus Mindu, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) naquela província.

No primeiro caso, uma mulher, de 31 anos, foi detida na segunda-feira (16), quando aguardava por um “comprador”, com quem tinha negociado a venda do seu primogénito, de 13 anos, por um preço de dois milhões de meticais.

A mulher levou o filho primogénito de Chimoio, onde vivia junto com outros dois irmãos, para Messica, a cerca de 40 quilómetros da capital de Manica, para supostamente o vender a um empresário zimbabueano, com fortes ligações comerciais em Moçambique.

No segundo caso, na sexta-feira, um casal foi detetado e detido por agentes da PRM e do Serviço de Investigação Criminal (Sernic) a “fechar” o negócio da venda de seu filho albino, de oito meses, por um milhão de meticais.

O casal tem dois filhos albinos e um deles seria vendido na zona de Macadeira (Vanduzi) – para onde o casal se tinha deslocado para fechar o negócio, que, segundo as autoridades, envolvia também um comprador zimbabueano.

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O casal foi detido juntamente com dois intermediários.

“As fontes dos compradores fizeram contactos a partir de Manica e marcaram os encontros, onde foram detidos em flagrante” disse Mateus Mindu.

O porta-voz do comando provincial da polícia alertou para o facto de, nos dois casos, os indiciados serem país das vítimas, apelando para a vigilância e o envolvimento das comunidades na denúncia deste tipo de crime.

“Nós apelamos à população para que não paute por este crime para sobrevivência”, frisou Mateus Mindu, adiantando que já foram abertos processos-crime para a responsabilização dos detidos.

Com estes dois casos registados pela polícia, o número de casos de tentativa de tráfico humano desde janeiro na província de Manica sobe para cinco.

“Várias linhas operativas continuam no terreno para deter a rede de traficantes e responsabilizar os mandantes”, cujos rastos estão a ser seguidos pela polícia moçambicana e zimbabueana, concluiu o porta-voz da PRM.