O julgamento do processo de destituição do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, deverá começar na próxima segunda-feira, afirmou na terça-feira (15), em Washington, o líder do Partido Republicano no Senado norte-americano, Mitch McConnell.
De acordo com o também senador pelo estado do Kentucky, citado pela agência France-Presse, “etapas preliminares”, como a tomada de posse dos senadores diante do presidente do Supremo Tribunal da Justiça dos EUA, John Roberts, poderão ocorrer no final desta semana.
O julgamento do impeachment do republicano Donald Trump vai ser conduzido por John Roberts, mas vão ser os senadores a actuar como juízes, perante os advogados escolhidos pelo chefe de Estado norte-americano.
A líder da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, anunciou esta terça-feira que aquele órgão vai votar na quarta-feira o envio para o Senado dos dois artigos para destituição de Trump, elegendo os promotores para o julgamento político do Presidente dos EUA.
Nancy Pelosi disse que os democratas estão prontos para aprovar, com a sua maioria, o envio destes dois artigos de destituição para o Senado, acusando Donald Trump de abuso de poder e de obstrução ao Congresso.
“A Câmara votará na quarta-feira, dia 15 de Janeiro, a transmissão de acusações” contra o Presidente dos EUA, disse a líder da Câmara dos Representantes, em comunicado, depois de uma reunião à porta fechada com o seu grupo parlamentar.
A líder da Câmara acrescentou que os democratas elegerão ainda os representantes que servirão de promotores no processo de impeachment, para que o julgamento político de Donald Trump possa ser iniciado no Senado.
Donald Trump é acusado de ter pressionado o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para investigar a actividade do filho do seu adversário político Joe Biden junto de uma empresa ucraniana envolvida num caso de corrupção, num gesto que a Câmara de Representantes diz constituir um ato de abuso de poder, bem como de ter tentado obstruir a averiguação destes factos por parte do Congresso.
Observador