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Nigeriano dá golpe de US$ 1 milhão pela internet de dentro da prisão

Um nigeriano está sendo investigado por ter supostamente comandado um golpe de pelo menos US$ 1 milhão (cerca de R$ 4,2 milhões) de dentro de uma prisão de segurança máxima.

Hope Olusegun Aroke teria usado uma “rede de cúmplices” para realizar a fraude, informaram as autoridades anti-corrupção do país.

Ele foi preso em 2012, acusado de dar golpes na Internet, e condenado a cumprir uma pena de 24 anos na prisão de segurança máxima de Kirikiri, em Lagos, na Nigéria.

Uma investigação preliminar descobriu, no entanto, que ele ainda tinha acesso à Internet.

Em comunicado divulgado na terça-feira (19), a Comissão de Crimes Económicos e Financeiros da Nigéria (EFCC, na sigla em inglês) disse que recebeu informações sobre o golpe de Aroke e se viu diante do “enigma” de como ele foi capaz de “continuar exercendo seus negócios” de dentro da prisão.

Após a prisão de Aroke em 2012, a EFCC afirmou que o então estudante que vivia na Malásia era “a ponta de uma complexa rede de esquemas de fraude na Internet que atravessava dois continentes”.

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De acordo com a investigação preliminar, Aroke tinha acesso à Internet e a seu telefone de dentro da prisão, contrariando as regras.

Ele também havia sido internado no Hospital da Polícia da Nigéria, em Lagos, em decorrência de uma “doença não revelada” e conseguiu deixar a unidade para se hospedar em hotéis, encontrar com a família e participar de eventos sociais.

Além disso, usou o nome fictício de Akinwunmi Sorinmade para abrir duas contas bancárias, comprou um carro de luxo e imóveis durante sua temporada na prisão, acrescentou a EFCC.

E ainda estava “de posse do token da conta bancária da esposa na prisão, que usava para transferir fundos livremente”.

As autoridades anti-corrupção estão investigando por que ele foi internado no hospital e como foi capaz de ir para hotéis e outros lugares.

A prisão de segurança máxima de Kirikiri é administrada pelo Serviço Correcional da Nigéria, que ainda não comentou o caso.

BBC