Desporto Flamengo condenado a indemnizar famílias

Flamengo condenado a indemnizar famílias

O Flamengo foi condenado a pagar uma indemnização às famílias dos jovens que morreram num incêndio no centro de treinos, em Fevereiro. O fogo atingiu, de madrugada o alojamento onde viviam os atletas.

O Flamengo, o clube de futebol mais popular do Brasil, foi condenado a pagar uma indemnização às famílias dos dez jovens que morreram num incêndio no centro de treinos, em Fevereiro.

A decisão, de cariz provisório, foi tomada pelo juiz Arthur Magalhães Ferreira, titular da primeira Vara Cível da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e determina que o clube terá que pagar uma pensão mensal de 10 mil reais (cerca de 2.150 euros) a cada uma das dez famílias.

A decisão provisória procura garantir o apoio às famílias das vítimas mortais até que a Justiça se pronuncie de forma definitiva sobre a indemnização que o Flamengo terá que pagar. O magistrado determinou também que o clube pague retroactivamente pensões pelos dez meses decorridos desde o incêndio.

O Flamengo terá ainda de incluir na sua folha de pagamentos três outros jogadores que ficaram feridos no incêndio e que não puderam regressar aos treinos.

De acordo com a defesa das vítimas, caso o clube do Rio de Janeiro não cumpra a decisão, terá que pagar uma multa diária de mil reais (cerca de 215 euros) a cada um dos beneficiários.

No despacho, o juiz destacou que o Flamengo não cumpriu “espontaneamente”, “de forma parcial e provisória”, “a responsabilidade de prestar apoio às vítimas directas e indirectas do incêndio, conforme manifestação que anexou no processo”.

“Quanto maior é o sucesso alardeado das finanças do réu, maior é sua capacidade de arcar, sem sobressaltos, com a recomposição dos danos causados à família das vítimas, nesse momento desprovidos de importante (quiçá única) fonte de sustento familiar”, declarou na decisão o magistrado Arthur Magalhães Ferreira, em referência aos lucros obtidos pelo Flamengo com os dois recentes títulos conquistados e com os sucessivos recordes de bilheteira.

Observador