As autoridades sanitárias atenderam pelo menos 650 tóxico-dependentes nos primeiros seis meses do corrente ano, anunciou quarta-feira o director provincial de combate às drogas da província central de Manica, João Mussona.
O número representa um crescimento em 215 casos, ou seja, 47 por cento, quando comparado com igual período do ano passado, durante o qual foram atendidos 443 pacientes que procuraram cuidados de saúde devido a várias complicações causadas pelo consumo de drogas, incluindo bebidas alcoólicas.
Mussona falava por ocasião da passagem do Dia Mundial de Combate às Drogas, assinalado no passado dia 26 de Junho, tendo explicado que a droga mais consumida é a soruma, sendo que os jovens aparecem como maiores consumidores.
“Cidadãos com idades entre 15 e 47 anos aparecem como maiores consumidores da droga e álcool. É uma realidade e acreditamos que o problema deriva-se da localização da província”, disse.
Explicou que Manica é atravessada por três corredores que servem de rota de tráfico de droga, para além do facto de a província também ser produtora de droga, o que contribui para os elevados índices de consumo de drogas ilícitas.
“Muitos jovens em idade escolar perdem-se por causa da droga e álcool”, disse Mussona, para de seguida explicar que a maioria dos jovens é influenciada por amigos.
Para Mussona, os números são bastante elevados e preocupam o sector, pois é uma situação que também afecta algumas instituições de ensino.
“Temos casos em que o consumo é feito nas escolas por rapazes e raparigas. Estes depois acabam abandonando a escola ou criam distúrbios que perturbam o curso normal das aulas. Com a ajuda da Polícia e profissionais de saúde estamos a trabalhar para travar o mal, através de campanhas de sensibilização sobre o perigo das drogas para a comunidade”, disse.
Mussona convida toda a sociedade, incluindo encarregados de educação, líderes comunitários, religiosos e outros a participarem activamente no combate ao mal.
A fonte disse que a instituição que dirige tem vindo a realizar campanhas regulares, sobretudo nas escolas, para erradicar este mal.
Jornal Notícias