O presidente Donald Trump confirmou na terça-feira o que todos esperavam e anunciou a retirada dos EUA do acordo nuclear assinado com o Irão em 2015 pelo seu antecessor, Barack Obama.
A decisão de Trump foi anunciada apesar das pressões e esforços dos aliados europeus, segundo os quais o acordo impediu até agora o Irão de produzir armas nucleares.
Trump começou por condenar as falhas do acordo que, diz, não impede o Irão de produzir armas nucleares, e criticou ainda o facto de ter sido firmado com um país que apoia grupos terroristas que semeiam o caos no Médio Oriente e noutras partes do Mundo. “Este acordo era horrível e unilateral e nunca devia ter sido feito”, afirmou Trump, dizendo ainda que “não trouxe calma, não trouxe paz e nunca o fará”.
Anunciou, por isso, que ordena a reimposição de sanções muito duras ao regime iraniano e a todos quantos apoiarem as suas ambições nucleares. O presidente do Irão, Hassan Rouhani, não demorou a responder e fê-lo em termos igualmente duros. “Os EUA anunciaram que não respeitam os seus compromissos”, afirmou Rouhani, acrescentando: “Ordenei à Organização de Energia Atómica do Irão que se prepare para iniciar o enriquecimento de urânio a níveis industriais”.
Israel saudou a decisão de Trump de deixar um acordo que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou como “receita para o desastre”. Os aliados europeus dos EUA tinham prometido manter vivo o acordo sem os EUA, possibilidade igualmente admitida pelo Irão.
Contudo, a reimposição de sanções duras pelos EUA ameaça esses esforços.
CM