Uma bebé de sete meses foi violada num hotel de encontros da cidade de Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas, para onde foi levada por um homem e uma mulher que supostamente são os seus próprios pais.
Quando a polícia invadiu o quarto onde os três se encontravam, a bebé chorava muito e tinha sinais de ter acabado de ser violada pelo homem, um médico peruano de 45 anos que exerce a profissão em cidades vizinhas a Manaus.
Juliana Tuma, delegada (inspetora) da Polícia Civil (Judiciária) do Amazonas contou que foi uma funcionária do hotel que chamou a Polícia Militar ao ouvir o choro, descrito como “persistente” e “perturbador”, de um bebé, facto absolutamente incomum num local daqueles.
Quando os agentes invadiram o quarto indicado pela funcionária, a bebé estava completamente nua, a chorar muito, e tinha uma vermelhidão intensa na área genital.
O médico e a mulher que o acompanhava, uma brasileira de 24 anos que disse relacionar-se com o peruano desde que tinha 14, foram presos e levados para a esquadra especializada em crimes contra crianças e adolescentes.
Juliana acrescentou que o casal assumiu a paternidade da bebé, mas isso ainda precisa ser confirmado, pois a menina nunca foi registada oficialmente. No Instituto de Medicina Legal, médicos confirmaram que a bebé realmente tinha sido violada sexualmente, mas avançaram à polícia que aquela não tinha sido a primeira vez.
De acordo com os especialistas, a menina tem marcas de abusos sexuais anteriores, que evidenciam que era violada desde pouco tempo depois de ter nascido. À polícia, a jovem brasileira afirmou que o médico peruano, apesar de ser o pai da criança, nunca teve amor por ela, e que várias vezes o surpreendeu em atitudes que classificou como impróprias em relação à bebé.
O caso ocorreu no último dia do mês de Agosto, mas foi notícia agora, quando a justiça do Amazonas decretou a prisão preventiva do casal e enviou a bebé para um abrigo. Os responsáveis pelo hotel garantiram à polícia não terem visto a bebé a entrar no estabelecimento.
Segundo eles, o homem chegou de carro, pediu uma suíte e entrou, não tendo sido vistas nem a criança nem a mulher, provavelmente por estarem no banco de trás e o carro ter vidros escurecidos, ou por estarem escondidas propositadamente, já que é proibida por lei a entrada de menores de 18 anos naquele tipo de estabelecimento.
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