O governo etíope bloqueou as redes sociais, uma decisão que deverá manter-se durante os próximos dias, após terem circulado no mês passado algumas questões que constam dos exames anuais, o que levou a anulação dos mesmos.
Trata-se do Facebook, Twitter, Instagram e Viber, redes sociais que se encontram bloqueadas desde sábado (09).
Segundo o porta-voz do governo, Getachew Reda, a medida também visa evitar a distracção dos estudantes nesta fase em que se prepararam para os exames de admissão à universidade que se realizam esta semana.
As redes sociais foram bloqueadas, mas trata-se de uma medida temporária que vai até quarta-feira, pois as mesmas redes já provaram ser uma distracção para os estudantes, disse o porta-voz.
Refira-se que a Etiópia foi um dos países africanos que, segundo organizações internacionais, tem censurado o uso da internet, bem como órgãos de comunicação social independentes.
Para Daniel Berhane, um proeminente blogueiro daqueles países, a medida constitui um perigo para a liberdade de expressão.
Não se sabe quem decidiu adoptar esta medida, ou seja, não está claro, pois nem se sabe quanto tempo vamos ficar sem internet, afirmou Berhane, acrescentando que dizem que desta vez será por pouco tempo, mas das próximas vezes poderá estender-se por vários meses.
Eles têm várias ferramentas e estão a testá-las, afirmou.
O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) aprovou, na semana passada, uma resolução que condena o bloqueio de internet naquele país, por considerar que constitui uma violação dos direitos humanos.
AIM