A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, afirmou hoje, na véspera de o Senado votar a continuidade do processo para a sua destituição, que o seu “mandato termina a 31 de Dezembro de 2018”.
“Eu vou lutar com todas as minhas forças, utilizando todos os meios disponíveis, todos os meios legais, todos os meios de combate“, afirmou a chefe de Estado, perante milhares de apoiantes, num discurso proferido durante uma convenção sobre mulheres.
Acusada pela oposição de maquilhar as contas públicas, Dilma Rousseff pode ver o seu mandato suspenso por um período de 180 dias pelos senadores, enquanto aguardam o resultado do julgamento.
Caso o mandato seja suspenso, Dilma Rousseff será substituída no cargo pelo actual vice-presidente, Michel Temer, um antigo aliado que agora se tornou adversário.
A defesa de Dilma Rousseff enviou hoje um recurso ao Supremo Tribunal Federal para tentar impedir o seguimento do processo de destituição.
“Estou cansada de desleais e de traidores”, afirmou Rousseff, acusando de “golpe de Estado moderno” Michel Temer e o presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha.
“Aqueles dois desenvolveram um tipo de golpe, golpe realizado não com armas, não com baionetas, mas um golpe que rasga a nossa Constituição“, denunciou Dilma Rousseff.
No discurso, a Presidente brasileira esclarece que nunca lhe “passou pela cabeça” renunciar, sublinhando que é uma espécie de vítima, que vai continuar a lutar e não vai desistir.
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