Salah Abdeslam, suspeito dos atentados de Paris capturado na sexta-feira em Bruxelas, foi formalmente acusado de “homicídios terroristas” e “participação em actividades de organização terrorista”, anunciou hoje a Procuradoria federal belga.
“Salah Abdeslam foi acusado pelo juiz de instrução de participação em homicídios terroristas e de participação nas atividades de uma organização terrorista“, lê-se num comunicado da Procuradoria.
Amine Choukri, também detido na sexta-feira, foi acusado dos mesmos delitos, acrescenta o texto.
Salah Abdeslam, considerado pelas autoridades decisivo na logística dos ataques de Paris, foi detido na sexta-feira no bairro de Molenbeek, em Bruxelas, depois de mais de quatro meses em fuga.
Além de Abdeslam e de Choukri, três outros suspeitos foram detidos.
O proprietário do apartamento onde os dois cúmplices estiveram escondidos, Amid Aberkan, foi acusado de “participação em actividades de organização terrorista” e a sua prisão decretada, prossegue o comunicado da Procuradoria.
Uma familiar de Amid Aberkan, Djamila M., foi acusada de “participação em actividades de organização terrorista” e “encobrimento de criminoso”, mas “não foi privada da sua liberdade”, e uma segunda mulher, Sihane A., “foi libertada sem acusação”.
O advogado de Salah Abdeslam, Sven Mary, afirmou horas antes à imprensa que o suspeito está “a colaborar com a justiça belga” e que vai recusar a extradição para França.
Mary disse também ter estado hoje com o cliente durante “10 minutos”, precisando que ele está acamado, devido ao “ferimento de bala na perna” que sofreu na operação policial que conduziu à sua captura.
Os atentados de 13 de Novembro em Paris, reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico, fizeram 130 mortos e mais de 300 feridos.
Notícias ao Minuto