As operações militares contra a rebelião do Boko Haram poderão durar mais tempo que o previsto, alertou hoje o presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, que tinha dado ao exército até final de Dezembro para vencer o grupo islamita.
A três semanas do final daquele prazo, os ataques dos radicais nigerianos que juraram fidelidade ao grupo radical Estado Islâmico continuam quer na Nigéria, quer nos países vizinhos.
“Se for necessário alterá-lo para realizar operações em todo o país, o governo federal não hesitará em fazê-lo”, adiantou o presidente, que em Agosto tinha dado o referido prazo aos seus generais.
Segundo analistas em segurança, desde o início do ano, o exército foi bem-sucedido na sua luta contra os rebeldes, conseguindo reconquistar uma grande parte dos territórios do nordeste do país dos quais o Boko Haram se tinha apossado e em relação aos quais proclamou um califado. As capacidades de ataque do movimento foram reduzidas.
No entanto, os fundamentalistas continuam com as suas operações mortíferas, quer no norte da Nigéria, quer no Níger, Chade e Camarões. No sábado, um triplo atentado suicida num mercado numa ilha do lago Chade causou pelo menos 27 mortos e 80 feridos.
Notícias ao Minuto