Sociedade Criminalidade Roubo de cornos: Controvérsia entre chefe e subalterno da polícia

Roubo de cornos: Controvérsia entre chefe e subalterno da polícia

O porta-voz do Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Pedro Cossa, desmentiu as declarações feitas pelo seu subordinado afecto na província da Maputo, Emídio Mabunda, sobre o não envolvimento de agentes da corporação no desaparecimento de 12 cornos de rinoceronte nas instalações da Polícia da Investigação Criminal (PIC).

O porta-voz da PRM da província de Maputo, Emídio Mabunda, confirmou o roubo dos cornos e detenção de seis indivíduos, mas desmentiu qualquer envolvimento de agentes da polícia em conexão com o caso. Entretanto, nesta terça-feira, o porta-voz do Comando Geral, Pedro Cossa, contradisse o posicionamento do seu subalterno ao que confirmou o envolvimento 4 agentes nomeadamente Calisto, que ocupava o cargo de inspector da PRM e chefe da brigada da PIC; Faustino Artur, inspector principal da PRM; Victor Luís Arone e o subinspector da PRM, Tadeu Gaspar, sargento da PRM.

Mabunda1Ainda em conexão com o caso está um funcionário da Função Pública afecto na Direcção Provincial de Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural na Província de Maputo, Elias Matusse, e os cidadãos Zefanias Aurélio e John Chaúque que terão produzido as réplicas para substituir os cornos genuínos.

Com esses dados regista-se um outro lapso que trata-se da declaração de Mabunda que indica 6 detenções, enquanto que para Cossa são 7.

Pedro Cossa. FOTO Inacio CavutePara Cossa, nada justifica. “A corporação não pode ser manchada com este tipo de acções. Eles mancharam uma corporação inteira. São oficiais subalternos das Polícia lidam com processos e instauram processos há vários anos e eles têm aquilo que na gíria chamam de calos”, repudiou.