Destaque Chissano: Arma AKM na bandeira moçambicana simboliza combate disse

Chissano: Arma AKM na bandeira moçambicana simboliza combate disse

O ex-Presidente moçambicano, Joaquim Alberto Chissano descreveu numa entrevista á LUSA que, “a palavra de ordem para os combatentes (da Frelimo) era combater, daí o símbolo da arma que está ali, combater é primeira palavra (de ordem)”.

“As pessoas só olham para a arma”, afirmou Chissano tendo acrescentado que, a segunda palavra de ordem para a Frelimo era produzir, mais tarde simbolizado na bandeira do país por uma enxada, a terceira era estudar, como se vê no livro “que também está lá”, disse.

Portanto, o combatente tinha de abraçar todas essas actividades, mas a sua principal tarefa era combater, frisou.

“O combatente, o guerrilheiro, tinha que abraçar tudo isso, mas, como tarefa principal, tinha de combater, então a arma significa isso. Para a população adulta, em geral, a palavra de ordem também estava lá, era produzir, era a enxada, estudar e defender, quer dizer que a arma também lhes dizia respeito, mas não como prioridade, para os jovens, as crianças, para aquelas que pudessem, a arma também fazia parte, mas era no sentido de se defenderem”, contou o antigo chefe de Estado moçambicano.

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“Quando chegámos ao governo de transição, de facto, aqui em Maputo, que não tinha havido guerra, mas a bandeira era adorada, em qualquer lugar onde houvesse certa confusão, não era preciso empurrar as pessoas, bastava pôr a bandeira à frente, que as pessoas abriam alas, para o porta-bandeiras passar”, diz Chissano.

De recordar que, Chissano foi o ex-presidente moçambicano e aderiu à Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) em 1963, um ano após a fundação do movimento, em Dar Es Salam.