A Comissão dos Assuntos Sociais e do Género, Tecnologia e Comunicação Social (CASGTCS) da Assembleia da República (AR), manifestou ontem, em Maputo, a sua disponibilidade para debater propostas com o potencial de resolver o problema da fraca qualidade do ensino no país, que por sua vez traz graves repercussões nos níveis subsequentes.
Turmas numerosas, fraca assiduidade de alunos e professores, inexistência e ou fraco funcionamento das bibliotecas escolares no ensino secundário, fraco incentivo salarial para os professores, fraco acompanhamento dos educandos pelos encarregados de educação, entre outros, são alguns de entre os vários factores que concorrem para a fraca qualidade de ensino no país, conforme apontam os estudos conduzidos pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH).
Os parlamentares aguardam do MINEDH a submissão das propostas que possam concorrer para a melhoria da qualidade de ensino, conforme esclareceu a presidente da comissão parlamentar, Conceita Sortane, tendo reconhecido o trabalho que este tem vindo a realizar na busca de soluções para melhorar a qualidade de ensino.
“O que a Assembleia da República pode fazer neste momento é só aguardar que o MINEDH nos traga aquilo que são as grandes preocupações. Por exemplo, eles diziam que têm como uma das preocupações o Estatuto do Professor, que não foi ainda aprovado pela Assembleia”, disse Sortane. “O estatuto que está a funcionar é o que foi aprovado outrora, mas que eles acham que traz lacuna”, acrescentou.
Por sua vez, Jorge Ferrão, Ministro da educação e desenvolvimento humano, referiu que, “há que, com muita urgência, resolver o equipamento escolar e livros de formação do docente, melhoria salarial, melhor na qualificação. Enfim, são muitos factores que concorrem para o baixo rendimento nas escola”, disse.
Entretanto, a deputada prometeu ainda melhorar tudo aquilo que for da competência da Assembleia da Republica e que poderá contribuir para melhorar a qualidade do ensino.
(AIM)