A Direcção Provincial de Educação e Desenvolvimento Humano de Inhambane garante que nenhuma criança estará a estudar no chão até 2018, graças a um projecto que prevê o aproveitamento de madeira processada ou em toros apreendida na rota do contrabando.
A iniciativa, designada por Tirar as nossas crianças do chão, está em curso desde 2012. A mesma prevê a aquisição de cerca de 22 mil carteiras duplas por ano para apetrechar todas as escolas públicas naquela província.
O desafio, segundo o jornal Noticias, foi apresentado ao Governador da província de Inhambane, Agostinho Trinta, durante uma visita de trabalho que efectuou à Direcção Provincial da Educação e Desenvolvimento Humano.
Regina Langa, directora provincial daquela instituição, disse que com base neste projecto foram produzidas 8.303 carteiras, o que contribuiu para tirar do chão 33.212 alunos, o correspondente a 15,9 por cento das 428.712 crianças matriculadas nas escolas públicas.
Informou que o distrito de Mabote, um dos maiores produtores de madeira a nível da província de Inhambane, tem todos alunos (cerca de 10.240) inscritos nas escolas públicas a estudarem sentadas em carteiras.
Em Funhalouro, outro distrito produtor daquele recurso, cerca de 1.121 alunos, dos 10.097 inscritos, continuam a estudar sentados no chão e em Massinga outras 512 crianças, das 68.619, continuam sem carteiras.
O Governador de Inhambane, Agostinho Trinta, encorajou a iniciativa, destacando que a sua concretização vai contribuir para a melhoria da qualidade de ensino em Moçambique.
Trinta destacou que o governo de Inhambane vai incentivar e premiar os distritos que já atingiram a meta, a partir do próprio administrador do distrito, director de serviços e directores das escolas que tudo fizeram para a implementação deste programa.