Internacional Jornalistas decapitados por Membros do Estado Islâmico

Jornalistas decapitados por Membros do Estado Islâmico

O mundo está horrorizado com as decapitações levadas a cabo por membros do Estado Islâmico. Tudo teria começado com um vídeo exibido nas redes sócias, onde a alegada decapitação do jornalista norte-americano James Foley  foi efectuada por um membro do Estado Islâmico.

Em inglês, com sotaque britânico, o terrorista garante tratar-se de uma represália pelos ataques aéreos no Iraque. No vídeo, o jornalista freelancer, sequestrado na Síria, em Novembro de 2012, foi obrigado a fazer declarações acusatórias sobre o seu irmão, John Foley, membro da força aérea norte-americana.

Na semana passada, os membros do Estado Islâmico levaram a cabo outra execução. Desta vez foi um dos dois jornalistas japoneses, também sequestrados na Síria. Um dos membros afirmou tratar-se de uma represália e um recado para os governantes nipónicos.

Os japoneses estão chocados com o anúncio da decapitação do jornalista Kenji Goto pelo grupo jihadista auto denominado Estado Islâmico. As autoridades nipónicas julgam “altamente provável” a autenticidade do vídeo que relata a execução.

Kenji Goto era um jornalista independente que centrava o seu trabalho nas histórias humanas das zonas de conflito e em particular no sofrimento das crianças.

A mãe do repórter afirma que Kenji “sempre desejou transformar o mundo num lugar sem guerras e salvar crianças da guerra e da pobreza”. Junko Ishido prometeu “manter viva a herança” do filho.

Kenji Goto partiu para a Síria em busca de Haruna Yukawa, o refém japonês capturado em Agosto e executado na semana passada. O jornalista acabaria por ser igualmente sequestrado pelos insurgentes que se batem na Síria e no Iraque.

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O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, denunciou o acto terrorista ignóbil e afirmou que o Japão vai assumir as suas responsabilidades, junto à comunidade internacional, na luta contra terrorismo.

Entretanto, na Jordânia, o executivo de Amã reiterou a vontade de aceder às exigências dos extremistas para conseguir a libertação do piloto capturado em Dezembro.

Outro caso, mas que não terminou com decapitação, foi do  jornalista australiano  do canal Al Jazeera, Peter Greste, que foi deportado no domingo após 400 dias na prisão no Egipto.

Andrew Greste disse que o irmão é um jornalista que acredita nos princípios do seu trabalho e que não esquecerá os jornalistas Mohamed Fahmy, egípcio com passaporte canadiano, e o egípcio Baher Mohamed, ainda detidos.

“Ele não vai esquecer os outros dois colegas. A sua alegria é moderada e continuará a ser até os dois homens serem libertos. Ele não vai desistir até Baher e Mohamed Fahmy estarem cá fora”, disse Andrew Greste.

O irmão de Peter Greste agradeceu a todos os que contribuíram para a libertação do jornalista australiano.

As autoridades egípcias ordenaram no domingo a expulsão do jornalista, condenado a sete anos de prisão por “difusão de informações falsas” e apoio aos islamitas.