Os casos de violência contra a criança, pessoa idosa e grupos de pessoas vulneráveis estão cada vez mais a agudizar- se no país, sendo que em 2014 foram registados 23.659 casos contra 23.151 do ano transacto.
Dados tornados públicos na última terça feira (16/02), na 7ª reunião regional do Departamento de Atendimento à Família e Menores Vítimas de Violência, dos 23.659 casos registados no ano passado, 13.600 são criminais, 7695 civis e 2363 são de outros tipos.
As mulheres foram as que mais sofreram com um universo de 11.669, seguidas por crianças 7872 e 4118 homens.
O comandante geral da PRM, Jorge Khálau, manifestou igualmente a sua preocupação perante o aumento de casos de homicídios por acusação de feitiçaria, tráfico de humano, particularmente entre mulheres e crianças, violência doméstica, negligência e falta de assistência alimentar aos que necessitam.
Referiu ainda que um número crescente de crianças tem sido vítima de atropelamento.
Entretanto,o comandante geral da PRM considera que a situação está a ganhar grandes proporções, de certa forma por negligência de alguns pais e encarregados de educação, pois segundo ele a maior parte dos casos ocorrem dentro das famílias onde os mesmos são vítimas.
Em relação a estes factos, Jorge Khálau desafiou o seu executivo a melhorar as suas medidas de intervenção, privilegiando acções pro-activas e a sua massificação de modo a mitigar o fenómeno.
Deste modo Khálau orientou a corporação para a intervenção junto às comunidades em acções que tendem à sinalização de situações de risco, divulgação de novos fenómenos bem como a difusão dos serviços e os mecanismos de denúncias.
O melhoramento da qualidade e a celeridade no atendimento às vítimas, procurando assegurar que estas beneficiem dos serviços de apoio e atendimento, inseridos e estabelecidos pelo Estado para o efeito, constam ainda do agrupamento das intenções do Governo para reduzir o actual gráfico.