O Presidente da República, Armando Guebuza, inaugurou na manhã desta quinta-feira, o Museu das Pescas, o primeiro construído a nível nacional, que deverá expor e eternizar todo o manancial cultural pesqueiro do país.
O Museu vai desempenhar um papel fundamental na abordagem da cultura, desenvolvimento, gestão e exploração sustentável de recursos pesqueiros e irá contribuir para a salvaguarda do património cultural pesqueiro, através da pesquisa, recolha, preservação, conservação e divulgação da história da pesca no país.
As obras de construção da infra-estrutura custaram cerca de cinco milhões de dólares norte-americanos, valor desembolsado pelo governo moçambicano, em parceria com o governo da Noruega.
O empreendimento vai funcionar num edifício recentemente construído na zona baixa da capital moçambicana, junto do porto de pesca.
Falando na cerimónia de inauguração, Guebuza desafiou às autoridades gestoras do Museu a efectuarem o seu papel na educação das comunidades sobre aspectos pesqueiros, bem como atrair muitos moçambicanos para o trabalho pesqueiro, para que o país sonhe com um futuro em que a pesca e a aquacultura sejam cada vez mais competitivas.
“Temos que fazer da pesca e aquacultura actividades cada vez mais rentáveis do ponto de vista comercial, desportivo e recreativo pois a actividade pesqueira dever ser exercida nos princípios da preservação do meio ambiente aquático e sustentabilidade da sua exploração”, disse.
Segundo Guebuza pelo que se vê o Museu das Pescas não esta apenas virado para a actividade pesqueira como também nela se inspira e mostra o acervo pesqueiro, desde o património tangível, que comporta embarcações, artes de pesca, utensílios de navegação e vários objectos usados na actividade piscatória, e o património intangível.
Por sua vez, a embaixadora da Dinamarca, Mette Masst, referiu que o Museu de Pescas é um testemunho duma longa cooperação entre Noruega e Moçambique, uma cooperação para o desenvolvimento que data desde longos anos.
Segundo Masst, o sector das pescas foi e continua sendo o sector-chave dentro desta cooperação e só no projecto do Museu de Pescas, o governo norueguês desembolsou pouco mais de quatro milhões de dólares.
“O Museu de Pescas deverá contar a história de Moçambique sobre as pescas. Deverá mostrar, informar, formar e educar as comunidades. O Museu não deve ser algo estático. Por isso, queremos continuar a apoiar, para que possamos ver o Museu rico e acolhedor, educativo e bem equipado”, disse.
De referir que o Museu de Pescas é um património intangível envolve depoimentos, colectânea de canções de pescadores, usos e costumes em formato audiovisual.
Além de contribuir para salvaguardar o património pesqueiro, o Museu vai igualmente atrair turistas culturais.