O Partido Resistência Nacional Moçambicana, (Renamo), veio ao público esta segunda-feira, (06) fazer o repúdio daquilo que entendem como exclusão da sua força partidária e dos seus membros nas celebrações das cerimónias do Estado.
Segundo António Muchanga, porta-voz da perdiz, o presidente Afonso Dhakama, manifestou semana passada, a vontade da materialização dos acordos homologados á 05 de Setembro, entre o líder da Renamo e Armando Guebuza, presidente da Frelimo e da nação moçambicana.
No entanto, segundo o interlocutor, o gesto foi manchado pelas más práticas dos organizadores das cerimónias realizadas nas cidades de Tete e Maputo. “Este episódio que parecia isolado veio a confirmar que em Moçambique, enquanto a Frelimo estiver no poder não haverá espaço de convívio político com as forças políticas da oposição efectiva, mesmo possuindo assento no parlamento nacional”. Rematou Muchanga.
Em outro desenvolvimento, o porta-voz da Renamo, criticou os religiosos e a sociedade civil, que deixam de forma leviana que o partido no poder faça ilícitos eleitorais no decorrer das cerimónias religiosas. “Enquanto isso, em Maputo, os organizadores entretinham os presentes na cerimónia com hinos religiosos e promessa de que o representante da Renamo iria tomar algo dito em voz alta pelo mestre de cerimónia, o que não veio a acontecer, criando as seguintes dúvidas”:
-Como é que os organizadores destas cerimónias tratam os assuntos do Estado? Para onde vai o país com este tipo de dirigentes?
Neste role de contestações, Muchanga indicou o dedo também ao Observatório Eleitoral que esteve representado pelo presidente do Conselho Cristão de Moçambique, Secretário-Geral do Conselho Cristão de Moçambique e outras personalidade religiosas, que de forma clara compactuam com os ilícitos eleitorais durante a realização de cerimónias religiosas. “Há casos em que estes homens de Deus, no lugar de pregarem a palavra do senhor, fazem campanha durante os cultos, e garantem o voto ao partido no poder”
Já a terminar, António Muchanga em gesto de protesto afiançou que a atitude do Governo e dos dirigentes religiosos que dirigiram aquele acto deixa um aviso sério as forças vivas da sociedade, sobretudo neste momento eleitoral, que a descriminação da Renamo poderá os caracterizar durante a observação eleitoral.