A ActionAid organização não governamental e alguns parceiros massificam a campanha, contra a usurpação da Terra, em Moçambique, a escala nacional.
Segundo o Director da ActionAid, Mário Suca, a terra é o mais importante factor de produção para a maioria das comunidades rurais, mas devido a demanda por este recursos e do crescimento das indústrias extractivas, transformadoras e turísticas, muitos camponeses vezes sem conta ficam sem suas terras, devido a usurpação da terra.
Suca, entende que com a política de economia do mercado e da estabilidade fiscal, há uma contribuição constante para a usurpação da terra do camponês, culminando com o empobrecimento de pouco mais de três milhões de famílias que dependem da terra para o seu sustento. Com isso, Suca entende que a sua organização deve levar a cabo acções de divulgação da lei da terra, que estabelece os procedimentos para a legalização da aquisição da terra, onde se poderá fazer consultas comunitárias.
Para que a campanha tenha efeitos desejados, Suca disse que acções de formação de pessoas com um nível académico aceitável, isto é a 10ª classe, vão decorrer numa primeira fase em quatro províncias, onde o foco da usurpação da terra tem atingido proporções alarmantes, nomeadamente, Maputo, nos distritos de Marracuene e Manhiça), Sofala, Cabo Delgado, no distrito de Palma e Zambézia, em Mucuba.
“Um dos objectivos da ActionAid no lançamento desta campanha é a divulgação da lei da terra, a melhoria da legislação para que esta privilegie os intervenientes, isto é, o dono da terra e os investidores, tendo o Governo como mediador e por último, garantir que a terra seja um elemento contribuinte para o bem-estar de Moçambique e envidar esforços para que os moçambicanos saiam do ciclo da pobreza”, rematou Suca.
Questionada a coordenadora deste projecto, Marcia Cossa, sobre o alvo a ser formado, esta disse que depois da campanha para a divulgação da necessidade de contribuir para o orçamento do Estado, é chegada a vez de formar camponeses, media local, jovens e académicos, com o objectivo de vigiar os líderes comunitários na legitimação e na aquisição da terra:
Para o alargamento da base tributária já existe um acordo com a Autoridade Tributária e parte dos investimentos será com o Ministério da Agricultura, esperando até agora o debate da proposta de lei da terra.
Até o momento a AAMOZ tem fundos próprios da Federação para a campanha, mas está a desenhar vários projectos para aumentar a capacidade financeira.