O combate do ébola, epidemia que assola a região da África Ocidental, poderá custar 800 milhões de euros segundo alertou ontem a Organização das Nações Unidas (ONU) atendendo que o vírus se propaga em áreas habitadas por mais de 22 milhões de pessoas.
Segundo o coordenador das Nações Unidas para o combate ao vírus do ébola, David Nabarro, esta quantia necessária é justificada pela gravidade crescente da epidemia, uma vez que em apenas um mês, o pedido de verba da ONU verificou um acréscimo de 10 vezes.
Nas zonas onde se regista a transmissão activa do vírus, habitam mais de 22 milhões de pessoas e desse universo, 4,3 milhões estão em zonas onde se verificaram pelo menos 20 ou mais mortes.
Os último dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), dão conta que 4.985 pessoas foram infectadas e 2461 morreram desde o princípio deste ano, altura em que que começou o primeiro surto do ébola.
Entretanto, o director-geral adjunto da OMS, Bruce Aylward aponta o grande número de casos em lugares de forte densidade populacional e, em aldeias remotas e de difícil acesso como sendo indicadores que fazem com que o surto seja particularmente difícil de conter.
A fonte defendeu igualmente a necessidade de lançar programas de prevenção em todas as comunidades potencialmente afectadas.
Por seu turno , a responsável das Nações Unidas na área da assistência humanitária Valerie Amos , apelou aos esforços da comunidade internacional para evitar o “colapso total dos sistemas de saúde” nos países afectados pela epidemia, onde mais pessoas estão, a morrer devido a doenças como a tuberculose, malária porque não têm a assistência médica de que necessitam.
