Os 39 avicultores que beneficiaram da linha de crédito do Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA) da cidade e província de Maputo têm vindo a registar bons resultados de produção que em alguns casos com uma capacidade de 100 por cento.
Portanto, o fundo de desenvolvimento Agrário (FDA) acredita que a expansão da linha de crédito avícola, criada em 2001 com um financiamento de 49 milhões de meticais (163 mil dólares americanos) vai reduzir gradativamente as necessidades de importação do frango em Moçambique.
Segundo a gestora da linha de crédito, Maria Chirindza, afirmou que nas visitas feitas aos aviários de produtores nacionais que beneficiam ou beneficiaram do financiamento do FDA para iniciar a actividade, pode notar um desenvolvimento considerável, pois uns fizeram infra-estruturas para o efeito.
A fonte apontou, a título de exemplo, casos de avicultores que iniciaram a produção em 2011, com seis mil bicos, mas hoje produzem 17 mil frangos num ciclo de 30 dias.
O crescimento dos níveis de produção foi também graças ao incremento do crédito que cifra, actualmente, os 171 milhões de meticais.
“Estes resultados são possíveis devido a integração do avicultor numa cadeia que envolve os principais intervenientes da cadeia de valor de produção do frango, desde as instituições do Governo, associação dos avicultores, provedores de insumos, matadouros e a banca comercial”, afirmou Chirindza.
Um exemplo dessa eficiência dos beneficiários é a senhora Osina Chibindje, produtora desde 1991 que mais tarde recebeu fundos do crédito avícola do FDA, cria actualmente 18 mil bicos na Machava, município industrial da Matola.
Em cada ciclo e em cada 29 dias ela tira o frango com peso calculado em um quilo e quatrocentas gramas, conforme as exigências dos integrantes da cadeia de valor.
“O matadouro vem buscar duma só vez todo o frango que atingiu o peso por eles considerado ideal, o que nos ajuda a reduzir bastante as perdas que antes chegavam aos 18 por cento, mas agora baixaram para três por cento”, explicou Chibindje, anotando que a capacidade instalada na sua quinta é de 21 mil bicos em todas as épocas (Verão e Inverno).
A produtora luta por alcançar, nos próximos anos, uma meta de 35 mil frangos que, na sua óptica, melhora a margem de lucro ao avicultor calculado em cinco meticais, pois os custos de produção de uma unidade rondam os 94 meticais (pouco mais de três dólares americanos).
Por seu turno, Diquissone Alexandre, outro produtor no posto administrativo da Matola-Rio, com 47 mil bicos em cada ciclo depois de começar com 550 unidades no ano 2000. Ele já não depende mais do FDA, apesar de enfrentar problemas de falta de água no local onde desenvolve a actividade.
A produção avícola de Alexandre é, no final do ciclo, entregue ao matadouro, como membro da cadeia de valor o que permite ao produtor reduzir o tempo de venda e as margens de perda.
Por seu turno, Maria Chirindza disse que desde o início das actividades ao abrigo da linha de crédito foram produzidos cerca de 2,4 milhões de bicos, correspondente a mais de três mil toneladas de frango no mercado, no período entre 2011/14.
Na sequência do sistema de produção, a linha de crédito detém uma taxa de reembolso de 95 por cento, assegurando a sustentabilidade do financiamento aos avicultores e a multiplicação do investimento inicial que foi de 49 milhões de meticais. Agora, o investimento ronda os 171 milhões de meticais. (AIM)