Somaa, uma adolescente de 14 anos, foi raptada e vendida pelos fundamentalistas do Estado Islâmico por causa da religião.
A adolescente, natural do Curdistão iraquiano, professa a religião yazidi e foi sequestrada no Iraque onde foi mantida em cativeiro por 27 dias, antes de fugir.
Somaa conta como tudo aconteceu.
“Naquela manhã fugimos da nossa aldeia, Tel Azer. Partimos em direcção a outra localidade, mas pouco depois fomos apanhados por um grupo de terroristas. Dividiram-nos em três grupos: um composto por mulheres solteiras, outro por mulheres mais velhas e um terceiro por homens. As pessoas deste último grupo foram todas mortas. Vi o meu irmão morrer”, afirma a adolescente.
Uma porta mal trancada permitiu que ela escapasse, juntamente, com outra jovem antes de partir para Faluja, cerca de 70 quilómetros de Bagdad.
“A minha amiga e eu fomos vendidas a dois importantes homens de Faluja. Creio que tinham a idade do meu pai. Fomos maltratadas. Batiam-nos caso fizéssemos algo de errado ou que não era suposto fazer”, conclui.
Os iazidis são membros de uma religião curda com antigas raízes indo-europeias e que vem resistindo ao Islã durante séculos.