Destaque Oposição insatisfeita com o informe de Guebuza

Oposição insatisfeita com o informe de Guebuza

Os principais partidos da oposição de Moçambique, Renamo e MDM, desconsideram os elementos do balanço de uma década de acções e intervenções, apresentado pelo chefe de Estado, Armando Guebuza.

Para os opositores, o chefe de Estado, deveria trazer informações que constituem a realidade do país, sobretudo a tensão político-militar, ponto este que não constou no informe sobre a situação anual do país.

Trata-se do último informe de Armando Guebuza, enquanto Presidente da República, o mesmo visava, fazer balanço anual sobre a situação geral da nação, bem como, dando ênfase aos seus feitos durante os dez anos de mandato.

De acordo com o porta-voz da bancada parlamentar da Renamo, Arnaldo Chalaua, “nós como bancada parlamentar, esperávamos com maior responsabilidade ouvirmos do chefe de Estado, relativamente a questão da corrupção, as reais motivações da tensão político-militar. Este país sentiu-se mal, viveu momentos tristes, e que o chefe de Estado em poucas palavras, não conseguiu trazer uma real radiografia, se Moçambique viveu uma guerra ou outro cenário, e só por simples facto de não trazer a real radiografia, pensamos que o chefe de Estado perdeu uma grande oportunidade de explicar aos moçambicanos”.

Na questão do desenvolvimento, o Presidente Guebuza, disse que o país está a crescer, mas para o partido Renamo, Moçambique ainda continua a depender e a viver debaixo da pobreza, “ela continua visível no rosto dos moçambicanos, há falta de medicamentos nas unidades sanitárias, os problemas de celeridade nos tribunais e outras questões ligadas a corrupção”, entretanto, a oposição entende que, por esses motivos não se pode afirmar que o país está em crescimento.

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No que diz respeito as relações internacionais, o deputado disse que, a intolerância política, detenções arbitrárias, nepotismo e o clientelismo, marcaram os dez anos de mandato do actual chefe de Estado, “conseguimos notar que infelizmente, o Estado de direito democrático, esta a ser arrastado para um mono partidarismo, sem olhar para aquilo que são os princípios legais e constitucionais”, sublinhou Chalaua.

Por outro lado, o deputado do MDM, James Njiji, diz que o presidente, “disse apenas aquilo que acha que correu bem, ele fez a mesma coisa que vem fazendo nos outros tempos, durante as outras informações que apresentou na Assembleia da Republica”.

Para Njiji, Guebuza tinha que trazer aquilo que é a realidade da nação, falando de pontos negativos e positivos, “ninguém pode negar quando as coisas não andaram bem”, a fonte explicou dando como exemplo, o nível de criminalidade que mostra-se tendo aumentado, “nos últimos dez anos, a criminalidade já atingiu situações alarmantes”.

Igualmente, não se pronunciou sobre a tensão político militar que se vive em Sofala, deveria esclarecer aos moçambicanos, se vai terminar o seu mandato deixando o país como estava, sobretudo, deixando o país em paz .