O Ministro da Energia, Salvador Namburete, em representação do Governo de Moçambique, procedeu na última sexta feira a assinatura do contrato da concessão dos projectos hidroeléctricos de Boroma e Lupata.
Avaliada em 572,5 milhões de dólares norte americanos, a barragem de Boroma terá a capacidade de produzir 612 megawatts (MW) e a de Lupata, avaliada em 1.072 milhões de dólares norte americanos, produzirá 210MW.
Da energia produzida pelas duas hidroeléctricas, cerca de 30 por cento será encaminhada para o consumo nacional através da Electricidade de Moçambique (EDM) e a remanescente será exportada para a região da África Austral com especial enfoque para a vizinha África do Sul.
O Administrador executivo da EDM, Adriano Jonas, afirmou que a construção das duas centrais é bem-vinda na medida que elas “vão permitir que Moçambique reforce a sua posição de exportador e a geração de divisas para o país”.
A construção dos dois empreendimentos hidroeléctricos compreenderá seis etapas com início marcado para o próximo ano e a conclusão em 2020, altura em que as empresas começam a produzir energia eléctrica.
Falando na ocasião, o Ministro da Energia, Salvador Namburete, destacou que “este acontecimento constitui um marco assinalável no processo de exploração do potencial de geração de energia em Moçambique”.
Contudo, “há um longo caminho a percorrer até que o primeiro killowatt-hora de Boroma e de Lupata seja posto à disposição do País”, referiu Namburete.
Estima-se que durante a fase de construção as duas hidroeléctricas em conjunto possam criar mais de quatro mil novos postos de trabalho, contribuindo dessa forma para o desenvolvimento do país.
As duas centrais contam com accionistas estrangeiros, nomeadamente, a Hydroparts Holding e a Cazembe Holdingpor, parte da Hidroeléctrica de Lupata, S.A., e a Rutland Holding por parte da Hidroeléctrica de Boroma, S.A. Dos accionistas nacionais fazem parte a Sonipal e a EDM para as duas centrais.
Testemunharam o acto da assinatura diversas individualidades da arena política e económica nacional bem como representantes dos ministérios da Coordenação e Acção Ambiental, das Finanças e da Indústria e Comércio.
Os termos e condições da autorização para os contratos de concessão dos dois empreendimentos hidroeléctricos foram aprovados pelo Conselho de Ministros nos finais de Junho do ano corrente.