Sociedade Obras de reabilitação da EN4 atrasadas

Obras de reabilitação da EN4 atrasadas

As obras de reabilitação da secção 17 da estrada Maputo/Witbank (EN4) estão atrasadas a três meses em relação ao calendário aprovado, segundo indicação da Trans African Concession (TRAC).

O director do Centro de Manutenção da TRAC em Maputo, Fenias Mazive, disse que ao fim de nove meses de trabalhos, iniciados em Outubro de 2013, a obra foi cumprida em apenas 35 por cento, correspondentes a 12,25 dos 35 quilómetros projectados para a intervenção.

O troço abrangido pelas obras vai do cruzamento da Moamba até ao bairro de Mahlampswene, no município da Matola.

Mazive aponta vários embaraços ocorridos desde o arranque das obras, de entre os quais  a chuva que foi intensa que gerou atrasos de mais de trinta dias de trabalho efectivo, sem contar com os finais de semana.

 “Houve atraso nos trabalhos preparatórios além disso tivemos o problema da expropriação da terra no ponto onde será construída a nova báscula, porque é uma componente que terá de ser feita e concluída no âmbito deste projecto porque não podemos abrir a estrada ao tráfego sem termos uma báscula, sob pena de deitarmos por terra todo este esforço financeiro que está a ser orientado para esta obra”, explicou.

Ainda de acordo com Fenias Mazive algumas viaturas acabam por passar por secções que já foram preparadas, por exemplo, para receber asfalto e quando isso acontece é preciso que as equipas voltem a fazer o trabalho.

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Ainda ligado ao comportamento dos utentes, a fonte disse que a concessionária em Mahlampswene decidiu colocar bloqueios para evitar que o negócio informal invada a zona onde se movimentam máquinas envolvidas no trabalho.

“Já estamos em fase de conclusão do desenho do cruzamento para Mahlampswene, onde vamos colocar um semáforo e construir duas ruas paralelas à N4 para restringir o tráfego que actualmente acede directamente à N4, com todos os riscos que isso representa para a segurança rodoviária”, disse.

As obras orçadas em 1147 milhões de meticais consistem na reciclagem e estabilização das camadas da base do pavimento com espessuras mínimas de 200 milímetros e 300 milímetros em zonas localizadas, seguida da construção de uma nova base de 150 milímetros em pedra e de uma camada de desgaste com 45 milímetros de asfalto médio modificado.

Paralelamente, serão construídas bermas não asfaltadas com meio metro de largura e 150 milímetros de espessura, além de mecanismos de drenagem levantadas até os novos níveis da estrada.

Nos termos do contrato estão previstas penalizações de parte a parte em caso de incumprimento. Com efeito, o contrato da empreitada prevê multas de até 70 mil meticais por cada dia de atraso na entrega da obra.